
Poema dedicado aos marroquinos de Tetuane
Lembrar ...

que são a sede
e a malícia num olhar
que antecede a carícia.
Esse negociante
e galanteador
que vibra
e saboreia
o desejado sem tocar.
Fala sem amor só com flar-te
de geito tão excitante
que ainda sinto esse olhar
esfomeado que tanto luzia.
Tipo amor platónico,
que não possui e sacia,
arrebatando o resgatado
com furor de saciado.
Isso que enche e não esvazia.
Essa densa teia
que não eleia mas estonteia
e se torna tão irónico.